Composição de Hipótese: Início dos anos 1930

Yolanda

Letra

Yolanda!
Yolanda!
Yolanda!
Yolanda!Yolanda! 
Eu chamo, você não vem
E o eco só responde
Yolanda
Yolanda
Se eu canto pro meu bem
Ele canta tambémNão se pode improvisar
Ele vem incomodar
Yolanda!
Ele responde
Yolanda
YolandaSe me viro pro norte
Lá no sul ele está
Se me viro de frente
Lá nas costas vai ficarJá estou até doente
Não consigo decifrar
Yolanda!
Ele responde
Yolanda
Yolanda

História da Canção

Como especialista na obra de Noel Rosa, devo iniciar esta análise com uma observação crucial: as letras de 'Yolanda' fornecidas não correspondem a nenhuma canção oficialmente catalogada em seu vasto e brilhante repertório. Noel Rosa, o 'Filósofo do Samba', teve uma carreira prolífica entre o final dos anos 1920 e sua morte prematura em 1937, e não há registro de uma composição sua com este título ou temática.

No entanto, se hipoteticamente tivéssemos que situar uma obra com estas características no universo de Noel, poderíamos traçar alguns paralelos e imaginar sua possível interpretação. A repetição do nome 'Yolanda' seguida pela frustração do eu lírico ('Eu chamo, você não vem') e a intromissão de um 'Ele' que 'vem incomodar' e 'responde Yolanda', poderia remeter à habilidade de Noel em retratar pequenas frustrações cotidianas ou a ironia de um amor inatingível. A dinâmica de chamada e resposta, onde a comunicação é desviada ou distorcida, evoca um certo humor agridoce, característico de Noel quando abordava desencontros românticos ou a ineficácia das interações humanas.

O 'Ele' que 'não se pode improvisar' e 'vem incomodar' poderia ser interpretado como um rival insistente, um pensamento obsessivo, ou até mesmo uma personificação do destino ou do próprio eco, que zomba da tentativa de aproximação do protagonista. A sensação de 'já estou até doente, não consigo decifrar' adiciona uma camada de melancolia e desespero, elementos que Noel sabia infundir em suas letras mais leves e divertidas. Seria uma canção que, na voz de Noel, ganharia contornos de crônica de uma desilusão particular, embalada por uma melodia que, apesar do tema, traria a leveza do samba urbano que ele tanto dominava.

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