Balão apagado
Letra
Sobe, balão... Sobe, balão... Por este céu azul sem fim, Vai dizer ao meu São João Que não se esqueça de mim.Já mandei um balão com foguete Levar um bilhete Ao meu Antônio E o balão, pra fugir do inverno Entregou no inferno O bilhete ao demônio!Satanás respondeu ao recado: "Balão apagado Não entra no céu... No inferno tu serás respeitado, Tu tens tanto pecado Que eu tiro o chapéu!"Num balão que a chuva apagou Alguém me mandou Este triste recado: "Eu espero ver a tua descida, No céu da minha vida, És balão apagado!"
História da Canção
Como historiador especialista em Noel Rosa, após uma análise aprofundada das letras fornecidas para "Balão Apagado", não encontro esta canção em seu vasto e catalogado repertório. As temáticas de São João, balões e a narrativa direta que envolve uma mensagem ao santo que termina nas mãos do demônio, não se alinham ao estilo característico e às preocupações urbanas, boêmias e à crônica social do Rio de Janeiro que eram as marcas registradas do "Poeta da Vila" nas décadas de 1920 e 1930.
As obras de Noel Rosa são conhecidas por sua sofisticação lírica, o uso de gírias da época, a crítica social velada ou explícita, e a abordagem de temas como a malandragem, o amor em suas complexidades e o dia a dia carioca. "Balão Apagado" parece ter uma estrutura e um tema mais próximos de canções juninas folclóricas ou de composições populares com um tom moralista ou humorístico-sombrio, mas sem as digitais musicais e poéticas inconfundíveis de Noel.
Portanto, não é possível traçar uma história de criação, contexto da época ou curiosidades específicas relacionadas a Noel Rosa para esta canção, pois ela não faz parte de sua autoria conhecida.
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