Sei que vou perder
Letra
Sei que vou perder Um bem, que era só meu Que não soube sofrer Por que não se arrependeu Depois que me viu Perdido de amor Sem pena me traiu E eu que fiquei Com a dorO capricho da mulher Faz o homem padecer É veneno quando quer Que mal-trata E faz morrer (Sei que vou perder)O amor mais verdadeiro A mulher despreza a toa Só não despreza o primeiro Mas quando pode mágoa (Lá, lá, lá...)
História da Canção
Embora a autoria desta canção específica, com a letra fornecida, não seja uma das mais diretamente atribuídas ao repertório canônico de Noel Rosa ou amplamente documentada em sua discografia, suas temáticas e a linguagem empregada ressoam com o espírito e os dilemas amorosos explorados na música popular brasileira da era de ouro do rádio, período em que Noel foi um dos maiores expoentes.
As letras de "Sei Que Vou Perder" descrevem um lamento profundo sobre a desilusão amorosa e a dor da traição. O eu lírico expressa a inevitabilidade da perda de um amor que julgava ser seu, enfatizando a falta de arrependimento da parceira e sua crueldade em um momento de vulnerabilidade. Essa narrativa de sofrimento masculino diante da volatilidade e do "capricho da mulher" era um tema recorrente em sambas e canções da época, onde a figura feminina podia ser tanto idealizada quanto retratada como a causadora de grande padecimento.
A menção de que a mulher "faz o homem padecer" e que seu capricho "é veneno quando quer, que mal-trata e faz morrer" ilustra uma visão dramática e fatalista do amor. A ideia de que a mulher "despreza o amor mais verdadeiro" exceto, talvez, pelo primeiro, adiciona uma camada de amargura e resignação. Essas emoções eram combustível para muitas composições da época, que dialogavam com as experiências de vida nos subúrbios e centros urbanos do Rio de Janeiro, refletindo as complexidades das relações humanas e a melancolia dos corações partidos, mesmo que Noel Rosa geralmente explorasse esses temas com uma ironia e sagacidade peculiares que o distinguiam.
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