Composição de 1934

As Pastorinhas

Letra

A estrela d'alva
No céu desponta
E a lua anda tonta
Com tamanho esplendor
E as pastorinhas
Pra consolo da lua
Vão cantando na rua
Lindos versos de amorLinda pastora
Morena da cor de madalena
Tu não tens pena
De mim que vivo tonto com o teu olharLinda criança
Tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre, sempre te amar

História da Canção

“As Pastorinhas” é um clássico atemporal da obra de Noel Rosa, lançado no fervor da década de 1930, um período dourado para o samba e para a cultura radiofônica no Brasil. Noel, conhecido como o “Poeta da Vila”, era mestre em descrever o cotidiano carioca, as paixões e as nuances da vida boêmia, e esta canção é um exemplo primoroso de sua sensibilidade lírica.

A letra, que evoca imagens bucólicas e uma paixão quase ingênua, começa com a descrição poética da natureza – a estrela d'alva, a lua tonta – e a canção das pastorinhas, elementos que servem de prelúdio para a declaração de amor do eu-lírico. A figura da “linda pastora, morena da cor de Madalena” é central, e a súplica “Tu não tens pena de mim que vivo tonto com o teu olhar” revela a intensidade de um amor que beira a devoção e o desespero.

A canção rapidamente se tornou um sucesso, solidificando ainda mais o nome de Noel Rosa como um dos maiores compositores da música brasileira. Ela reflete a capacidade de Noel de transitar entre o cômico e o romântico, o urbano e o idílico, sempre com uma linguagem acessível e profundamente poética. A sua melodia envolvente e a simplicidade de sua narrativa contribuíram para que “As Pastorinhas” se tornasse uma das obras mais queridas e regravadas do repertório de Noel Rosa, perpetuando seu legado para as futuras gerações.

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